O professor Toru Kumon, criador do método Kumon, costumava dizer que a melhor forma de aprender novas palavras é por meio de canções e do diálogo.
Ao cantar e conversar com as crianças desde muito cedo, mesmo que elas não compreendam, os pais as ajudam a distinguir diferentes palavras, o que facilita a alfabetização.
Um bom vocabulário propiciará maior capacidade de leitura e compreensão. A criança aprenderá diversas facetas da vida, adquirindo, por fim, bom senso para analisar e julgar os fatos.
Porém, o mundo em que vivemos hoje é bem diferente daquele em que o professor viveu. Atualmente, as crianças vivem em um ambiente hiperconectado, repleto de estímulos diferentes trazidos pelas novas tecnologias.
Para ajudar você a navegar por estes novos tempos, convidamos as especialistas em educação Roberta e Taís Bento, do SOS Educação, para fazer uma live no Instagram do Kumon.
Elas são mãe e filha, ambas graduadas e pós-graduadas em diferentes áreas da educação, a SOS Educação surgiu como forma de aproximar pais e filhos no momento dos estudos, mostrando que existem diferentes formas de aprender e como o auxílio da família pode ajudar na superação de dificuldades escolares.
Quer saber como foi esse papo e que dicas elas deram para ajudar as crianças a aumentar o vocabulário? Então continue lendo e descubra que atividades você pode começar a fazer com seu filho agora mesmo!
3 dicas que vão fazer toda a diferença
Após a fase das canções, não há dúvidas de que a melhor forma de adquirir vocabulário é por meio da leitura. Contudo, é importante lembrar que nem toda criança vai se tornar uma leitora ávida ou se apaixonar pelos livros.
Por isso, é fundamental entender a diferença entre desenvolver o hábito e desenvolver o gosto. Quer um exemplo? Ninguém ama escovar os dentes, mas este é um hábito que todas as pessoas têm (ou, pelo menos, deveriam ter).
Assim, grande parte das dicas que vamos apresentar aqui estão relacionadas ao hábito da leitura. Pronto para começar?
1. Defina um momento da leitura
Escolha dois dias da semana e um horário de cerca de 20 minutos em que todos estejam em casa. Neste período, todos estarão sentados juntos lendo, sem nada conectado para atrapalhar.
Pode ser histórias em quadrinhos, revistas ou livros com temas que seu filho goste. Quando acabar o tempo, vocês podem conversar sobre o que leram ou sobre outros assuntos.
2. Crie brincadeiras que envolvam letras
Quando o aprendizado é divertido, ele fica muito mais gostoso. Olha que sugestão legal: convide seu filho para desenhar e pintar cada letra.
Em seguida, cole uma foto de família em um pedaço de papelão (quanto mais gente melhor!). Aí é só recortar as imagens das pessoas e as letras, fazendo uma espécie de jogo da memória em que as crianças precisam relacionar as letras aos nomes das pessoas.
Você também pode fazer um bingo com as letras, um varal de palavras, uma caça ao tesouro onde as pistas são imagens e palavras, ou espalhar letras pela casa. Cole um P na parede, um G na geladeira, um C na cama.
Dependendo da fase da criança, nas semanas seguintes você pode partir para as próximas letras ou sílabas.
3. Deixe bilhetinhos
Hoje em dia, grande parte da comunicação é feita em áudio e vídeo. Desta forma, habilidades como ler e escrever saíram um pouco do campo de desejo das crianças.
Uma forma muito legal de resgatar isto é incluindo bilhetinhos na rotina da família, já que esta prática, além de ajudar a entender porque a leitura e a escrita são importantes também fora da escola, estreita os laços entre pais e filhos.
Como você pode perceber, apesar de todas as mudanças no mundo, as ideias do professor Toru Kumon permanecem super atuais.
E vale a pena ressaltar: nada disso precisa ser feito todos os dias, sobrecarregando ainda mais os pais que já estão bem cansados.
Comece com uma ou duas vezes por semana. O importante é que a criança perceba que você acredita no potencial e está ao lado dela nesta fase.
Com o tempo, a leitura se tornará um hábito e fará parte da vida do seu filho. Isso vai fazer com que as aulas e o estudo sejam muito mais fáceis.
Além disso, com seu apoio e acompanhado por bons livros, seu filho poderá crescer com mais segurança, autoestima, capacidade de concentração e curiosidade.
Os benefícios são muitos, e vão muito além disso. Precisamos dizer o quanto vale a pena?
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