Você já percebeu o quanto seu dia a dia mudou por causa do Covid19? Das pequenas às grandes coisas, todos estamos passando por mudanças. Da mesma maneira, Doroty Portela, orientadora da unidade SBC Baeta Neves, por conta desse novo contexto precisou fazer muitas alterações em seu planejamento e na organização do Kumon No Lar.
Temos passado por dias difíceis, de incerteza, por vezes angustiantes. Doroty acredita que, se para os adultos, que possuem maturidade e entendimento da situação toda, está sendo difícil lidar com o que está acontecendo, para as crianças as coisas podem ser ainda mais desafiadoras. E a escrita pode ser uma ótima ferramenta para ajudá-las. Assim, surgiu a ideia de fazer um livro de memórias.
Um projeto muito especial: memórias da pandemia
Tudo começou com Rafael, um aluno diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em um dos atendimentos, Doroty percebeu que ele havia terminado as lições, do Kumon de Português, programadas antes do tempo previsto e sabendo que a rotina é fundamental para Rafael, teve a ideia de pedir ao aluno que escrevesse sobre como estava se sentindo naquele momento.
“Sempre acreditei no poder da escrita. Quando escrevemos somos capazes de transformar. A escrita limpa a alma, recarrega as energias, tem poder! E quanto mais cedo as crianças forem capazes de escrever sem que esta escrita seja vinculada a cobranças, melhor será o mundo.” Doroty Portela.
Doroty comentou com os outros alunos sobre a situação que estamos vivendo e que, embora não quiséssemos passar por tudo isso, a pandemia já faz parte da nossa história e fará parte de nossas lembranças. Então sugeriu que eles, assim como Rafael, também escrevessem cartas sobre o momento pelo qual passamos. Ela explicou aos alunos que, quando escrevemos, somos capazes de aliviar nossas tensões, acalentar os corações e limpar a alma.
Começava aí a criação do livro de memórias da pandemia feito pelos alunos de Doroty. Ao recolher as cartas na semana seguinte, junto com as tarefas, ela se emocionou com o resultado. Doroty estava certa: a escrita tem mesmo poder!
Confiança para explorar o máximo potencial de cada um.
Doroty conta que, durante os atendimentos a distância por meio de videochamadas, eles leem histórias, cantam canções e realizam atividades que possam ser feitas com alegria pelas crianças em idade pré-escolar.
A orientadora tem achado a experiência incrível, devido à proximidade com os pais e alunos. Ela compreende o quanto é importante estar bem para levar às famílias um sorriso, um semblante sereno. Este exercício a faz encarar as dificuldades de outra forma. Ao entrar nas casas das famílias diariamente, e receber os alunos da mesma maneira em sua casa, as videochamadas tornam-se mais que um simples atendimento. Tornam-se força para enfrentar com união este momento.
Doroty tem feito a programação de tarefas e ajustes semanalmente, dividindo as atividades de correção das lições e orientação com a equipe. Além disso, uma grande preocupação da orientadora foi com a comunicação. Entre as medidas adotadas, está a criação de um grupo, em um aplicativo de mensagem instantânea, para os pais de alunos, nele ela passou a postar diariamente as instruções gerais, sempre com uma palavra de carinho e confiança.
Nesse grupo ela também posta um ebook, para que a família possa ler. A orientadora destaca o quanto a leitura é importante em sua unidade. Todas as quintas-feiras há um horário reservado para as atividades do Clube Sou Leitor, em que os alunos escolhem livros da biblioteca do Kumon para ler em casa com os pais, além de rodas de história no cantinho de leitura.
O Kumon de Português utiliza a leitura como base para a compreensão e domínio da língua portuguesa. Para saber mais sobre o método, clique aqui.