Independentemente da idade do pequeno, a prática deve começar o quanto antes para ele gostar de ler no futuro. O contato com os textos literários constitui a primeira aproximação de bebês e crianças muito pequenas com os textos narrativos mais complexos.
Neste primeiro momento o mais importante é o contato com a língua, com a sonoridade, sua musicalidade, e a riqueza da construção de nossa linguagem verbal.
Todas as crianças, sem exceção, gostam de ouvir histórias lidas por outras pessoas, porque fica mais fácil entrar na história ouvindo a leitura do livro do que lendo sozinhas.
Por outro lado, a leitura em voz alta implica em transmitir as imagens da história e a emoção da pessoa que lê. Por esse motivo, pode ser dito que a hora de leitura em voz alta de um livro é um momento para a despertar a imaginação, para vivenciar a tranquilidade e uma excelente oportunidade para estreitar vínculos interpessoais, tanto para as crianças que não sabem ler como para as que já começaram sozinhas na leitura.
“Além do desenvolvimento motor, a criança deve ser instigada à capacidade cognitiva, ou seja, a capacidade de interpretar os estímulos do ambiente para tomada de decisões.
Por isso, é importante introduzir a leitura logo cedo”, diz Mariana Bruno Chaves, formada em Letras pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Arte-educação e Psicopedagogia e diversos cursos na área de Educação. Também é especializada em Literatura infanto-juvenil e é responsável pelo desenvolvimento de material didático de Língua Pátria do Kumon.
É nesta fase que os livros tornam-se fortes aliados dos pequenos, ajudando-os a perceber a realidade que os cercam, ter contato com diversas experiências, aprender vocabulários e a ativar a imaginação.
Nesse primeiro período, devido a criança ainda não ser capaz de entender o que está escrito, é necessário realizar a leitura passiva, ou seja, em voz alta.
Dessa forma, os adultos irão intermediar o acesso dos pequenos aos livros por meio da fala, do diálogo, da interação e atividades lúdicas. Então conversem bastante, eles irão adorar!
Para tanto, é interessante separar um momento e espaço para leitura. O local deve ser silencioso, confortável e sem muitos objetos que possam tirar a atenção, principalmente quando se trata de bebês.
Esse tempo deve ser divertido e instigante para a criança, ela está conhecendo o mundo por meio das palavras. Por isso, tenha cuidado para a “leitura” não se tornar “obrigação”, caso contrário, não lhe despertará o gosto pelos livros.
Faça do momento uma oportunidade para intensificar a relação da família com o pequeno. Aproveite para estimular o convívio social. E se lembre de escolher materiais ilustrativos e descritivos.
Deixe a criança tocar e apreciar o material, a fim dela se familiarizar com o livro. Estimule sensações e demonstre entusiasmo com a leitura. A contação de história é um momento de lazer, então crie vozes para os personagens e o narrador.
Confira algumas dicas simples que poderão contribuir para tornar a prática de ler para uma criança uma atividade agradável:
Procure ler com frequência para a criança em casa;
Estimule brincadeiras sobre o livro lido, como desenhar a cena que mais gostou ou utilizar bonecos para reproduzir a história;
Utilize a história do livro para associar à vivência da criança, durante um passeio ao parque, ou chamando a atenção para algo que apareceu no livro, como uma flor, ou um trem, para incentivar uma conversa sobre o assunto e explorar o conhecimento que adquirido pelo aluno com aquela leitura;
Não force a criança a ler. Mesmo quando ele já está conhecendo algumas palavras é importante cultivar o momento da leitura com as crianças;
Escolha livros com um conteúdo pelo qual as crianças se interessem, para proporcionar um momento prazeroso em família.
A especialista ainda ressalta que é normal a criança pedir para os pais lerem o mesmo exemplar mais de uma vez.
“O fato das crianças desejarem que o mesmo livro seja relido várias vezes é porque se sentem felizes e desejam vivenciar repetidamente a mesma experiência. Reler para a criança faz com que o cérebro dela trabalhe ativamente e assimile o vocabulário mais facilmente.”, finaliza Mariana.
No curso de Português do Kumon, os alunos são ensinados a como interpretar textos, por meio da leitura e escrita. Contam com orientação e plano de estudos individualizados, com o objetivo de desenvolver a confiança e o autodidatismo.
Texto: Assessoria de Imprensa do Kumon/ Agência MAM