Confira as principais regras de concordância verbal e nominal

20/01/2023
Kumon Brasil
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A concordância verbal e nominal é um tema que deve ser dominado por qualquer pessoa que deseje usar corretamente a língua portuguesa, além de ser um assunto que obrigatoriamente aparece em provas, como a prova do Enem ou em concursos públicos.


Isso porque, seja em questões de interpretação de texto, gramática ou na redação, é essencial compreender a relação que garante que as palavras e termos da oração concordem entre si.


Quando dizemos, por exemplo, que neste texto “nós veremos usos e situações complexos”, estamos fazendo a concordância verbal entre o sujeito (nós) e o verbo (veremos), assim como a concordância nominal entre os substantivos (usos e situações) com o adjetivo (complexos).


Apesar de se tratar de um tema simples, a concordância verbal e nominal apresenta algumas situações de exceção que podem confundir o aluno.


Por isso, neste artigo vamos estudar detalhadamente cada situação e entender de uma vez por todas como fazer a concordância verbal e nominal.


Para dominar a língua portuguesa e elevar o nível de suas provas e redações, confira como funciona o curso de português do Kumon.

Leia mais:

Qual a importância de concordância textual?



Ao falarmos em concordância, estamos, por definição, falando sobre um acordo estabelecido entre duas partes.


No universo da gramática, a concordância verbal e nominal ocorre quando um verbo varia em número e pessoa, de acordo com o sujeito (concordância verbal), ou quando o adjetivo precisa variar em gênero e número em relação a um substantivo (concordância nominal).


É importante conhecer estas regras, já que elas são indispensáveis na hora de escrever uma redação corretamente, seja em um vestibular ou em um e-mail profissional.


Concordância verbal 


A concordância verbal ocorre com o verbo em relação ao sujeito. Ou seja, a conjugação do verbo precisa se adaptar, seja no singular ou plural, seja na pessoa (1, 2ª ou 3ª), às condições propostas pelo sujeito.

Exemplos de concordância verbal:


  • Eu estudei;

  • Tu estudas;

  • Ele estudaria;

  • Nós estudávamos;

  • Vós estudais;

  • Eles estudarão.


Concordância nominal


Na concordância nominal, quem deve ser adaptado é o gênero (masculino ou feminino) e a pessoa, desta vez em relação ao substantivo e outros termos da sentença que o modificam, chamados de referentes (adjetivos, numerais, pronomes e artigos).


Exemplos de concordância nominal:


  • O aluno novo;

  • A aluna nova;

  • Os novos alunos;

  • As novas alunas;

  • Alguns alunos novos;

  • Algumas alunas novas.


Regras de concordância verbal



Há concordância verbal quando o verbo concorda com o número e pessoa do sujeito. Porém, existe uma série de situações distintas de como isso pode acontecer. A seguir, veja as regras específicas para cada uma delas.


Sujeito simples


Nos casos de sujeito simples, a conjugação verbal é feita concordando o verbo com o número e pessoa do sujeito. 


  • André foi ao dentista.

  • Marina gosta de doces.

  • Eles vão embora.

  • Nós somos estudiosos.

  • As crianças brincaram o dia inteiro.


Sujeito composto


No caso de sujeito composto, temos duas situações: antes ou depois do verbo.


Sujeito composto antes do verbo


Quando o sujeito composto aparece antes do verbo, devemos conjugar este verbo sempre no plural.


  • Português e matemática são matérias interessantes.

  • Ana e Carlos foram ao cinema.

  • Tortas e bolos ficarão prontos amanhã.

  • Maria e José têm um filho.

  • Clima e temperatura estavam mais estáveis.


Sujeito composto depois do verbo


Quando o sujeito composto aparece depois do verbo, podemos conjugar este verbo tanto no plural quanto concordando com o sujeito mais próximo.


  • Conversaram pai e professora.

  • Conversou pai e professora.

  • Conversaram pais e professores.

  • Conversou pai e professores.


Pronome “que”


E como fica a concordância verbal quando o sujeito da oração é o pronome relativo “que”? Neste caso, desde que o “que” não seja predicativo de outra oração, ele deve concordar com o termo que o antecede.


  • Eu que cheguei primeiro.

  • Ele e a esposa que construíram a casa.

  • Eu que fiz.

  • Eles que fizeram.


Pronome “quem”


Ainda como uma variação da situação anterior, pode acontecer de o sujeito ser o pronome relativo “quem”. Nesta situação, o verbo pode tanto concordar com o termo que o antecede, como no caso do “que”, quanto ser conjugado na 3ª pessoa do singular.


  • Eu quem cheguei primeiro.

  • Eu quem chegou primeiro.

  • Ele e a esposa quem construíram a casa.

  • Ele e a esposa quem construiu a casa.


Nome próprio


Quando o sujeito é um nome próprio, deve ser tratado como a pessoa equivalente, conforme vimos anteriormente nos casos de sujeito simples e sujeito composto (antes ou depois do verbo).


Há ainda a situação em que o nome próprio pode ser acompanhado por um pronome de tratamento. Neste caso, o verbo deve sempre ser conjugado na 3ª pessoa, do singular ou do plural.


  • Solicito que Vossa Excelência analise o pedido o quanto antes.

  • Solicito que Vossas Excelências analisem o pedido o quanto antes.


Regras de concordância nominal




Como tratam-se de situações bem diferentes, as regras e exceções para concordância verbal e nominal também são distintas. 


Para garantir que exista uma correta concordância nominal, devemos respeitar as relações de gênero e número entre substantivos e outros termos que o acompanham, como adjetivos, pronomes, numerais e artigos.


Além desta determinação geral de concordância nominal, ainda existem algumas exceções às quais você deve estar atento, como acontece com as expressões “meio”, “anexo”, “é proibido” e “menos”.


Substantivo + um adjetivo


Quando o substantivo é acompanhado de outro termo, como um adjetivo, deve haver concordância nominal entre eles, tanto de gênero (masculino ou feminino) quanto de número (singular ou plural). 


  • A menina é esperta.

  • O menino é esperto.

  • As meninas são espertas.

  • Os meninos são espertos.


Verbo ser + adjetivo


Neste caso em particular, o adjetivo deve concordar com o substantivo se houver um artigo ou outros elementos determinantes.


  • A tristeza é maléfica para o espírito.

  • A comida é nutritiva.


Porém, se o substantivo estiver isolado, ou seja, não estiver acompanhado de artigo ou elemento determinante, a concordância deve ser realizada no masculino e singular.


  • Tristeza é maléfico para o espírito.

  • Comida é nutritivo.


Substantivo + números ordinais


A concordância entre substantivo e números ordinais deve levar em consideração a posição de um em relação ao outro. 


Quando os números ordinais aparecem antes do substantivo, a concordância é opcional e pode ser feita tanto no plural quanto no singular.


  • O primeiro e segundo lugar da corrida.

  • O primeiro e segundo lugares da corrida.


Quando os números ordinais vêm depois do substantivo, entretanto, é obrigatório que a concordância seja feita utilizando o plural.


  • Os lugares primeiro e segundo da corrida.


Substantivos + dois ou mais adjetivos


Quando há dois ou mais adjetivos que se referem a um mesmo substantivo, ele é que deve ser modificado. Isto pode ser feito tanto mantendo o substantivo no singular quanto no plural.


Caso o substantivo se mantenha no singular, deve-se utilizar um elemento determinante, como um artigo, antes do segundo adjetivo.


  • As economias portuguesa e espanhola.

  • A economia portuguesa e a espanhola.


Substantivos + um adjetivo


No caso de haver mais de um substantivo e somente um adjetivo, a concordância nominal pode ser feita de duas formas diferentes.


Se o adjetivo aparece antes dos substantivos, o adjetivo faz a concordância com o substantivo do qual está mais perto.


  • Linda árvore e campo.

  • Delicioso café e água.


Porém, se o adjetivo aparece depois dos substantivos, a situação é diferente. Quando isso acontece, o adjetivo pode tanto concordar com o substantivo mais próximo, quanto com todos os substantivos.


  • Redação e exercício complicado.

  • Exercício e redação complicada.

  • Redação e exercício complicados.

  • Exercício e redação complicados.


Concordar com substantivo próximo


Como regra geral, em inúmeras situações, podemos dizer que o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo. Ainda assim, é essencial para seus estudos ficar atento a todas as exceções para esta regra.


  • A menina bonita gosta de se arrumar.

  • Os meninos vaidosos gostam de usar perfume.

  • O cachorro e gato molhado entraram em casa.

  • Vocabulário e pronúncia avançada.


Inserir artigo antes do último adjetivo


Conforme explicamos acima, se um substantivo é acompanhado de dois ou mais elementos, ele deve ser modificado para que haja concordância. Porém, isso não é necessário caso seja adicionado um artigo antes do último adjetivo.


  • O cachorro branco e o preto.

  • A criança tímida e a extrovertida.

  • O caminho fácil e o difícil.

  • O chá frio e o quente.


O termo “menos”


Como trata-se de uma palavra invariável, “menos” deve ser escrito sempre assim, mesmo quando estiver próximo ou acompanhar um substantivo ou adjetivo feminino.


  • O corredor menos rápido da turma.

  • A corredora menos rápida da turma.

  • Ela tinha menos laranjas que sua mãe.


O termo “anexo”


Como mandamos muitos e-mails atualmente, é muito comum usarmos a palavra “anexo” com regularidade. Porém, muitas pessoas ainda têm dúvidas de como utilizar este termo corretamente.


Quando usamos “o anexo”, estamos falando de um substantivo. Entretanto, quando não há o artigo e usamos somente “anexo”, ele tem função de adjetivo.


Nesta situação, a palavra “anexo” deve concordar com o substantivo que a acompanha.


  • Segue arquivo anexo com sugestões de cronograma e orçamento.

  • Segue planilha anexa com sugestões de cronograma e orçamento.

  • Os arquivos anexos comprovam o que foi declarado pela vítima.

  • As planilhas anexas explicam em detalhes quais são os custos da obra.


Curso de português Kumon


A forma como explicamos neste artigo algumas das regras de concordância verbal e nominal costuma ser a mais utilizada no método de ensino tradicional. O aluno aprende quais são as regras e deve usar técnicas de memorização para guardá-las.


Porém, no curso de português do método Kumon, isto acontece de um jeito bem diferente. Isto porque o aluno parte da leitura e compreensão de diversos tipos de textos para então, a partir daí, entender as regras gramaticais, como a concordância verbal e nominal, por exemplo.


Assim, o principal objetivo do método é desenvolver a capacidade do aluno de ler e interpretar uma série de textos. À medida que o aluno evolui em sua aprendizagem, depara-se com temas mais complexos e desenvolve cada vez mais as suas capacidades.


Mais uma vez, ao contrário do que acontece no ensino tradicional, o método Kumon é inovador ao oferecer um modelo de estudos exclusivo e individualizado, que respeita o ritmo e a capacidade de cada estudante.


Desta forma, cada aluno consegue evoluir passo a passo, com segurança e confiança, o que o torna cada vez mais motivado a buscar novos tipos de leituras e conhecimentos sobre gramática, ortografia e interpretação de texto.


Conclusão


A concordância verbal e nominal é um tema relativamente simples, como você viu neste artigo. O que acaba tornando o assunto complexo é a grande quantidade de exceções e casos especiais.


Para compreendê-los em sua totalidade, você deve estudar bastante e conhecer todas as regras de concordância. 


Isto pode ser feito tanto decorando todos os casos e como cada um deles se comporta, ou compreendendo a dinâmica da língua portuguesa.


Esta segunda situação costuma trazer resultados mais consistentes, já que com ela o aluno realmente aprende e internaliza o conhecimento.


Uma das melhores maneiras de alcançar este resultado é por meio da leitura. Isso é comprovado na prática pelo método Kumon, que todos os anos forma milhares de alunos e leitores no curso de português.


Se você quer saber mais sobre a língua portuguesa, visite nosso site e veja como funciona o Kumon de Português. 


Agora, se você deseja continuar aprendendo por conta própria, vá além do aprendizado da concordância verbal e nominal. Dê uma olhada neste artigo que fizemos sobre o uso da vírgula

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O Kumon é um método de estudo que desenvolve ao máximo o potencial do seu filho, de forma individualizada. Criado no Japão em 1958 pelo professor Toru Kumon, o método está presente em mais de 60 países e reúne mais de 4 milhões de estudantes.

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