Educação Socioemocional: o que é, importância e como por em prática?

28/02/2022
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Ensinar de forma socioemocional vai bem além do conhecimento curricular.

Ensinar de forma socioemocional é adotar um sistema no qual as crianças aprendem, além do conteúdo curricular, a desenvolver a inteligência socioemocional, aliando o conhecimento a atitudes e competências socioemocionais.


Quando a criança entende as próprias emoções, reconhece a importância do seu papel no aprendizado. 


Isso a transforma em alguém mais responsável, autônomo e compreensivo das regras sociais, capaz de se relacionar melhor com os amigos, professores e pais.


Para você saber melhor o que são competências socioemocionais e como isso funciona, continue lendo. 


Selecionamos algumas dicas e exemplos de atividades socioemocionais que você pode começar a aplicar hoje mesmo em sua casa para desenvolver a educação socioemocional. 


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O que é educação socioemocional?


Educação socioemocional é uma abordagem do currículo escolar com foco no desenvolvimento da capacidade do aluno de reconhecer e refletir sobre as próprias emoções, relacionar-se bem com os outros e exercitar a empatia. 


Trata-se de uma ferramenta importante para a convivência escolar e em sociedade da criança.


Cada vez mais, existe um consenso entre os educadores de que é preciso entender o processo educacional de forma mais ampla, e não apenas como transmissão de conteúdos. 


É necessário enxergar a criança em sua totalidade.


Os estudos e tarefas de casa já não são considerados suficientes para preparar os estudantes completamente para os desafios que enfrentarão ao longo do tempo. 


Em outras palavras: junto ao projeto pedagógico tradicional, torna-se necessário desenvolver exemplos de atividades socioemocionais que possam transformar a vida dos alunos por meio da educação. 


Qual a importância da educação socioemocional?


Os hábitos criados na infância e acontecimentos desse período interferem diretamente nas atitudes e escolhas ao longo da vida adulta. 


É preciso saber lidar com conflitos e diferenças, ser responsável, resolver problemas, se relacionar bem com os outros. 


Estas habilidades socioemocionais também tem a ver com a carreira profissional. O mercado de hoje e do futuro vai muito além do conhecimento técnico, buscando profissionais que tenham soft skills.


Assim, torna-se extremamente importante, principalmente durante a primeira infância, oferecer apoio socioemocional à criança e ensiná-la a lidar com as emoções.


Entender a importância da educação socioemocional e aplicá-la corretamente demanda mudanças de cultura e compreensão da vida tanto dos pais quanto dos educadores. 


Afinal, são eles os maiores responsáveis por ensinar esta metodologia a seus filhos e alunos.


Como a educação socioemocional pode ser desenvolvida no ambiente escolar?


Assim como as habilidades cognitivas e o conteúdo curricular, as competências socioemocionais também precisam ser trabalhadas.


A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que direciona a elaboração de currículos escolares em todo o Brasil, orienta as escolas a incluírem as atividades socioemocionais como parte do processo de formação integral dos alunos.


Este tipo de ensino, que leva em conta estas competências, trabalha habilidades fundamentais para um bom crescimento, desenvolvimento e construção de um cidadão mais forte emocionalmente.


Este preparo também começa na escola. Por meio de atividades estruturadas e brincadeiras educativas, os alunos aprendem a controlar emoções, buscar objetivos, tomar decisões e lidar com frustrações.


Alguns exemplos de atividades socioemocionais que podem ser feitas:


  • Cada vez que a criança precisar usar as competências socioemocionais, ela pode fazer um relato em um diário das emoções, contando como foram os resultados.

  • Estimule seminários e debates, para aumentar a confiança na hora de interagir em grupo.

  • Música e artes são uma maneira de expressar sentimentos e emoções e se conhecer melhor. Além disso, são atividades inclusivas e democráticas, que estimulam o respeito pelas diferenças.

  • Aproveite livros e histórias para falar sobre as emoções dos personagens, e como eles lidaram com situações nas quais as habilidades socioemocionais foram necessárias.

  • Delegue pequenas responsabilidades, como arrumar a própria cama, tirar os pratos da mesa ou colocar a roupa suja no cesto. Ao fazer isso, as crianças se veem como parte de um grupo, o que é importante em todos os aspectos, desde a escola até relacionamentos.

  • Apresente diferentes culturas e costumes. Este hábito incentiva o respeito às diferenças, a tolerância e a inclusão.

  • Faça um painel das emoções, com o qual a criança possa se identificar e se expressar.

  • Promova trabalhos em grupo como forma de exercitar o relacionamento com os outros, a autogestão, a abertura ao novo, a empatia, a cooperação e a habilidade de lidar com conflitos.


Quanto antes a criança começar, melhor. De acordo com um estudo publicado pela American Publish Health Association, trabalhar a educação socioemocional no jardim de infância gera resultados até os 25 anos.


Eles podem ser vistos tanto no ambiente acadêmico, como a conquista de uma vaga na universidade ou a formação em um curso superior, quanto no ambiente profissional, representando maiores chances de ocupar um bom cargo, por exemplo. 


Quais as competências socioemocionais? 


As competências socioemocionais pertencem a um conjunto de habilidades usadas para lidar com as próprias emoções. 


São usadas em todas as fases da vida, todos os dias, em todas as situações – conhecer, conviver, trabalhar e ser.


Algumas linhas de estudos as dividem em domínios: 


  • Relacionamento com os outros

  • Autogestão

  • Amabilidade

  • Inteligência socioemocional

  • Abertura ao novo

  • Consciência social

  • Tomada de decisão


Cada domínio, por sua vez, possui uma série de competências derivadas: 


  • Tolerância ao estresse

  • Tolerância à frustração

  • Autoconfiança

  • Empatia

  • Respeito

  • Confiança

  • Determinação

  • Organização

  • Foco

  • Persistência

  • Responsabilidade

  • Iniciativa social

  • Assertividade

  • Entusiasmo


A seguir, vamos explicar com mais detalhes o que é cada um destes domínios.


Relacionamento com os outros


Relacionamento, autogestão e amabilidade fazem parte do campo socioemocional.


Relacionar-se com outras pessoas significa saber ouvir, mas também expressar suas ideias de maneira clara e objetiva.


Trata-se da capacidade de cooperar e ajudar sempre que necessário, resistir a comportamentos inadequados e utilizar o respeito como principal ferramenta para evitar ou solucionar conflitos.


Autogestão


Este domínio diz respeito à organização. Fazer uma boa autogestão é saber traçar objetivos e estratégias para alcançá-los, definir metas, e controlar impulsos.


Tudo isso se reflete em boas escolhas pessoais, sociais e profissionais.


Amabilidade


Ser amável, do ponto de vista socioemocional, é saber cooperar, sem ser egoísta, com compaixão, respeito e tolerância.


A amabilidade bem desenvolvida inspira confiança, promove o diálogo e atua na solução de conflitos.


Inteligência emocional


Todo mundo, em algum momento, experimenta sentimentos como ansiedade, raiva ou medo. Porém, a forma como cada um lida com eles é que define a sua inteligência socioemocional.


A pessoa que sabe o que são competências socioemocionais e utiliza sua inteligência neste sentido consegue aprender com as adversidades e lidar com sentimentos e situações complexas de maneira saudável, sem que isso abale a sua confiança.


Abertura ao novo


Este domínio envolve a motivação e abertura ao mundo externo, e a disposição de cada indivíduo para aceitar novas ideias e pontos de vista.


Esta habilidade socioemocional se manifesta na curiosidade e na vontade de querer saber mais, buscando acompanhar as novas tendências culturais, estéticas e intelectuais.


Quem é aberto ao novo é imaginativo e sente-se alegre em poder experimentar e aprender coisas novas.


Consciência social


Possuir uma consciência social bem desenvolvida significa saber se colocar no lugar do outro, exercitando a empatia, o respeito às diferenças e a valorização da diversidade.


Tomada de decisão


Tomar decisões, segundo o aspecto socioemocional, envolve fazer escolhas pessoais responsáveis e cultivar interações sociais saudáveis, seguindo a ética e o respeito às normas e à sociedade.


5 dicas para desenvolver a educação socioemocional em casa


Apesar de estarem muito centradas no processo pedagógico, as atividades socioemocionais necessitam – e muito! – da ajuda dos pais.


Estimular a criança a lidar com as emoções significa ensiná-la a ser mais empática, amável, compreensiva e menos egoísta.


Como as emoções se desenvolvem ao longo da vida, o ideal é iniciar o quanto antes.


Que tal começar por estas dicas?


1. Incentive a criança a falar sobre seus sentimentos e a refletir sobre suas emoções


Crianças emocionalmente preparadas fazem menos birras e lidam melhor com as situações. Se, antes, por exemplo, ao ficar frustrada ela se jogava no chão, com um bom desenvolvimento socioemocional ela aprende a demonstrar este sentimento de outras maneiras.


2. Não responda com raiva, críticas ou ameaças


Quando a criança se encontra em um ambiente seguro e tranquilo, desenvolve melhor as emoções. Empatia e carinho são palavras de ordem para ajudar seu filho a se tornar mais confiante e emocionalmente estável.


3. Dê o exemplo

O exemplo tem muito peso no aspecto socioemocional.



As atitudes dos pais são a maior fonte de aprendizado socioemocional das crianças. Se você é impaciente, por exemplo, a tendência é que a criança se espelhe neste comportamento e aja da mesma forma.


4. Ensine o autogerenciamento


A autogestão trabalha com o controle sobre o próprio comportamento. Para desenvolver este aspecto socioemocional, envolva seu filho na criação das regras por meio de combinados e estimule o raciocínio lógico.


Você também pode criar, junto com ele, um roteiro de estudos para promover a organização e a definição de metas.

5. Incentive as tomadas de decisões


Obviamente uma criança ainda não possui a experiência necessária para tomar inúmeras decisões. 


Mas você pode começar a trabalhar isso com o aprendizado da reflexão sobre as escolhas que ela faz. 


Defina parâmetros seus, em que qualquer decisão dela será adequada, e ofereça a possibilidade de escolha. Ofereça alternativas como, por exemplo: 


  • Qual casaco entre estas duas opções você quer vestir hoje? 

  • Você prefere escovar os dentes depois da janta ou antes de dormir? 

  • No lanche de hoje você vai querer maçã ou banana?


Como trabalhar as competências socioemocionais em momentos de crise? 


A pandemia de Covid-19 foi (e ainda é) um dos momentos mais difíceis pelos quais as pessoas já passaram nos últimos tempos.


Assim como os adultos, as crianças sentiram muito o peso das medidas de contenção determinadas para impedir a propagação do vírus.


Ficar sem ir pra escola, longe dos amigos e vivendo em uma rotina totalmente nova e inesperada trouxe enormes desafios no campo socioemocional.


Para lidar com o isolamento social, o medo, a ansiedade e a adaptação às novas rotinas, é necessário um conjunto de inúmeras habilidades socioemocionais bem desenvolvidas:


  • Empatia

  • Resiliência

  • Foco

  • Responsabilidade

  • Autogestão

  • Consciência social

  • Abertura ao novo

  • Inteligência socioemocional


Bastante para uma criança, não é mesmo?


Por este motivo, em momentos de crise como este da pandemia, é preciso trabalhar ainda mais as competências socioemocionais. E isso não vale só para as crianças.


Antes de mais nada, precisamos aprender a reconhecer que tipo de situação ou estímulo nos afeta e estressa. Pode ser o medo de perder um ente querido, de ficar sem emprego ou de perder o ano escolar.


A partir daí, podemos adotar estratégias e exemplos de atividades socioemocionais que funcionem como proteção para retornar ao equilíbrio mental depois de passar por estas situações desafiadoras. Algumas pessoas gostam de ouvir música, fazer exercícios, pintar ou escrever.


Se você ainda não encontrou uma atividade que o ajude neste momento, pode seguir estes 4 passos quando estiver sentindo muita ansiedade:


  1. Busque um lugar tranquilo, sem barulho ou pessoas.

  2. Respire fundo e devagar, aumentando o tempo de expiração.

  3. Lembre-se de que a ansiedade vai passar.

  4. Mude o foco da atenção. Concentre-se em identificar, ao seu redor, 5 cores diferentes, 4 texturas que possa tocar, 3 sons que consiga ouvir, 2 cheiros que chamem sua atenção e 1 coisa que possa sentir o gosto.


Outras ações positivas para começar hoje mesmo


  • Estimule seu filho a fazer caretas para demonstrar raiva, felicidade e tristeza. Isso o ajudará a entender as emoções e representá-las quando for preciso.

  • Incentive a criança a estar entre seus pares e interagir com eles. 

  • Ensine seu filho a refletir sobre os problemas e buscar soluções.

  • Explique a importância de confiar nos pais e buscar ajuda quando necessário.

  • Elogie as pequenas conquistas e trabalhe a autoestima.

  • Estabeleça regras e limites de maneira clara e ensine a lidar com as frustrações.


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Conclusão


No post de hoje você aprendeu o que são competências socioemocionais: inúmeras habilidades que vão além do conteúdo curricular, relativas ao campo socioemocional.


Assim como os conhecimentos acadêmicos adquiridos na escola, elas também possuem papel fundamental no futuro de seu filho, contribuindo para a formação de um cidadão mais equilibrado e seguro, inclusive em momentos de crise.


Mais que se desenvolver no âmbito acadêmico, a educação que é considerada um aspecto socioemocional, ajuda a criança a se tornar um adulto pronto para se inserir mais facilmente na sociedade e contribuir para um mundo melhor, de forma mais empática e equilibrada.


E o melhor: estas habilidades podem ser desenvolvidas em casa, com a ajuda da família. Que tal começar hoje, então, a trabalhar o lado socioemocional da educação de seu filho?

Sobre o Kumon​

O Kumon é um método de estudo que desenvolve ao máximo o potencial do seu filho, de forma individualizada. Criado no Japão em 1958 pelo professor Toru Kumon, o método está presente em mais de 60 países e reúne mais de 4 milhões de estudantes.

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