Balanço do semestre

24/07/2019
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Hoje, dia 22 de julho de 2019, completei seis meses de estadia em Boston e concluí meu primeiro semestre como estudante pesquisador na Universidade de Harvard. Como forma de apreciar a experiência até aqui, decidi pontuar os três maiores desafios que encontrei e como tenho tentado contorná-los. 


1. Adaptação ao clima e à cultura. Considero este tópico como o primeiro e um dos maiores desafios da minha mudança. O inverno rigoroso e a dinâmica social menos expansiva e, de certa forma, menos animada foram um novo paradigma para mim. Felizmente, contei com o apoio de meus colegas brasileiros, de minha rede de amigos e de minha família para conseguir superar essa dificuldade. Além disso, especificamente no que tange ao frio, a passagem das estações tem ajudado bastante.


2. Rotina de laboratório. A partir de um esforço diário fundamentado na estratégia da tentativa e erro e na observação atenta de pesquisadores mais experientes, esse desafio tem me proporcionado ganhos acadêmicos e pessoais imensos. Considero esse suposto obstáculo como um presente, pois me permitiu maior proximidade com a produção científica, o que é árduo porém estimulante e gratificante.

Johnatan em sua mesa de trabalho no laboratório.
Johnatan em sua mesa de trabalho no laboratório.

3. Idioma. Este tópico é especialmente relevante para mim porque desde o começo desta coluna venho reiterando como o bom domínio da língua inglesa me permitiu avançar no trajeto até o intercâmbio e como tem sido uma ferramenta essencial durante esse período. Contudo, houve pouco espaço para que eu apontasse que ainda há pedras no caminho. A linguagem técnica médica e o vocabulário científico são, sim, barreiras de difícil superação. 


Quando eu cheguei a Harvard, depois de vencidas, com facilidade, as etapas comunicacionais das conversas cotidianas e da leitura, fui exposto a uma nova perspectiva do uso da língua inglesa: seu uso técnico, específico e, principalmente, acadêmico. Foram apresentadas novas expressões, bem como um novo mundo vocabular. Foi necessário que eu reaprendesse a me posicionar sobre esses assuntos em reuniões e discussões em uma velocidade argumentativa que permitisse o compartilhamento de ideais. Assim, para que eu pudesse, também, compor conhecimento, precisei de muita atenção e perseverança. Porém, além disso, precisei de paciência e compreensão comigo e com minhas limitações.


Dentro desse cenário, posso afirmar que foi o método Kumon que me permitiu ter a base para lidar com esse novo uso do idioma. Foi a partir do curso de Inglês que eu aprendi os fundamentos que, hoje, são aplicados não só como produto final, mas também como caminho na aquisição contínua de novos conhecimentos. 


A língua é um mar vivo que se renova permanentemente dentro de seus falantes. Assim, o importante é ter a humildade de nos permitir aprender a navegá-la.


Sobre o Kumon​

O Kumon é um método de estudo que desenvolve ao máximo o potencial do seu filho, de forma individualizada. Criado no Japão em 1958 pelo professor Toru Kumon, o método está presente em mais de 60 países e reúne mais de 4 milhões de estudantes.

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Tags: kumon, inglês

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