Aqui na Universidade de Harvard estou envolvido em um projeto de pesquisa que estuda os efeitos de nanopartículas. Nosso objetivo é realizar a testagem toxicológica desses produtos para descobrir se eles interferem na saúde humana e se podem ser, futuramente, utilizados em biomedicina ou na indústria de alimentos. Para isso, aqui nos laboratórios da T.H. Chan, Escola de Saúde Pública, produzimos algumas dessas partículas.
Nesse processo, é necessário utilizar equipamentos que emitem altos ruídos e, portanto, há a exigência de proteção auricular. O protetor é um pouco desconfortável, confesso, bem como o barulho das máquinas. Contudo, seu formato lembra um fone de ouvido, o que me trouxe a alegre memória dos tempos em que eu usava um desses com frequência para estudar inglês no Kumon.
No Kumon, alguns dos pilares do curso de Inglês são os AudioBooks e o constante contato com o listening (escuta). Apresentando histórias interessantes e com complexidade progressiva ao longo dos estágios, os alunos são expostos desde o começo à pronúncia correta do novo vocabulário.
Hoje, apesar de estar usando esses protetores para não escutar os ruídos ao meu redor, é por conta de minha habilidade de escuta em inglês que sou capaz de discutir com meus professores a melhor forma de fazer essas partículas e entender suas lições.