Muitas pessoas defendem a ideia de que as crianças devem aprender a lidar com o dinheiro desde cedo. Com a educação financeira infantil, é possível desenvolver estas habilidades de forma estruturada, principalmente quando há uma parceria entre a família e escola.
A educação financeira infantil é um modo de começar, desde cedo, a entender a importância da economia e dos investimentos para o futuro.
Por meio de uma visão mais prática e concreta do conhecimento, ela ensina a criança a planejar seu futuro com o objetivo de atingir metas, sonhos e ter mais qualidade de vida.
Afinal, a desorganização ou falta de conhecimento em finanças pode trazer inúmeros problemas. Para você ter uma ideia, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor mostrou que, em abril de 2020, 75,3% da população brasileira estava endividada.
É muita gente! E mais: com inflação alta, taxas de juros elevadas e fragilidade no mercado de trabalho, este é um número que não deve melhorar tão cedo.
Por isso, é fundamental que seu filho saiba desde pequeno como lidar com o dinheiro e se organizar diante de tantas variáveis.
Neste texto, você vai entender melhor como ensinar educação financeira infantil e qual é a importância da educação financeira para crianças. Boa leitura!
Veja como o método Kumon ajuda seu filho a se organizar, ter postura autodidata e se preparar melhor para os desafios do futuro.
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O que é educação financeira infantil?
Antes de falarmos sobre as crianças, você, mãe ou pai, saberia dizer exatamente o que é educação financeira?
Ao contrário da matemática financeira, que lida diretamente com transações envolvendo dinheiro, a educação financeira está ligada à maneira como as pessoas consomem, suas necessidades e desejos, e formas de criar e manter hábitos financeiros saudáveis.
É tão importante ter esta visão desde cedo que a educação financeira foi incluída na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2020, pelo Ministério da Educação, justamente por ser um tema primordial para o futuro de crianças e adolescentes.
Como é que funciona a educação financeira infantil?
A base da educação financeira para crianças está na mudança de comportamentos e hábitos antigos envolvendo sua relação com o dinheiro.
Ao contrário do que muita gente pode pensar, a educação financeira infantil não se trata de uma disciplina, mas sim de um direcionamento. Isso significa que ele pode estar inserido nas aulas de matemática, português, história, geografia…
Isso não exclui a possibilidade de as escolas oferecerem uma disciplina extracurricular baseada no assunto, abordando a educação financeira na educação infantil de modo direcionado e envolvente, com material didático exclusivo.
Veja alguns objetivos principais da educação financeira infantil:
Compreender que “dinheiro não dá em árvore”.
Saber onde gastar, para não desperdiçar.
Aprender a economizar com base em metas.
Entender que o hábito de poupar é fundamental para o futuro.
Descobrir como fazer uma reserva financeira e gerir o dinheiro.
Qual a importância da educação financeira para crianças?
Não há dúvida de que a educação financeira é um dos maiores investimentos que você pode fazer no futuro do seu filho.
Infelizmente, esta é uma visão mais recente, o que fez com que muitas pessoas não fossem instruídas sobre como lidar com as próprias finanças. De acordo com o Ibope, somente 21% dos brasileiros tiveram acesso à educação financeira quando eram crianças.
O resultado? Como não sabem administrar bem suas finanças, em momentos de dificuldades as pessoas recorrem a soluções como financiamentos, cartões de crédito com juros altíssimos, empréstimos, antecipação de férias… Ou seja: combatem o problema momentaneamente, mas não a sua causa.
Ao incluir a educação financeira na educação infantil, você proporciona ao seu filho muito mais que conhecimentos e habilidades para lidar melhor com o dinheiro e evitar este tipo de situação.
Quando aprende a ser responsável com as finanças, ele também se prepara para ser um adulto que consome de maneira mais consciente e respeita o meio ambiente.
Além disso, com um bom conhecimento do assunto, seu filho se prepara melhor para tomar decisões e fazer melhores escolhas no futuro.
Como ensinar a educação financeira infantil?
Para a educação financeira para crianças funcionar, é necessário que elas entendam como estabelecer objetivos e metas para o dinheiro que recebem, aprendendo a economizar e a fazer autogestão.
Por isso, dê preferência às atividades que estimulem o planejamento, organização e definição de metas. No dia a dia, você pode motivar a criança a fazer uma pesquisa de preços de um brinquedo que deseja ganhar, ou levantar os custos de uma ida ao cinema, por exemplo.
A seguir, você confere mais algumas ideias de temas para ajudá-la na tarefa de como ensinar educação financeira infantil.
Necessário e supérfluo
A educação financeira na educação infantil é importante não só para o seu filho compreender o valor do dinheiro, mas também para entender melhor como usá-lo. Afinal, nem tudo que pode ser comprado efetivamente vale a pena.
Neste ponto, é fundamental saber diferenciar o que é necessário do que é supérfluo. Necessário é tudo aquilo que é importante ou mesmo urgente, essencial, e que tem utilidade prática. Já o supérfluo nem sempre tem um benefício real, e seu consumo pode ser motivado por impulso ou recomendação.
O que é poupar e o que é investir
Entendendo melhor de onde vem o dinheiro e como utilizá-lo, a criança aprende a importância de poupar para atingir metas e começa a ter noção de investimento. Ou seja, a educação financeira infantil acaba mostrando para seu filho como ter uma situação econômica mais saudável no futuro.
Ao entender o próprio padrão econômico e recursos disponíveis, sabendo como administrá-los, a criança tem mais instrumentos para alcançar a liberdade financeira a longo prazo, sabendo como economizar o dinheiro e até mesmo aumentar seu patrimônio.
Mostrar o valor do dinheiro
Quando seu filho pede um novo videogame, uma peça de roupa ou um brinquedo novo, ele tem ideia de quanto isso realmente vale? Ou como este valor impacta o orçamento familiar?
Se na sua casa a educação financeira infantil é um assunto recorrente, provavelmente ele entende bem o valor do dinheiro e está mais preparado para compreender as questões que acabamos de mencionar.
Agora, se esse não é um tema frequente, prepare-se: as crianças estão sempre em contato com o dinheiro e são estimuladas constantemente a consumir, seja por meio de desenhos animados, propagandas, filmes, jogos, entre tantas outras possibilidades.
Ou seja: de uma forma ou de outra, serão expostas a temas envolvendo dinheiro. Portanto, quanto mais cedo elas compreenderem o seu valor, melhor. A educação financeira para crianças é uma excelente maneira de preparar seu filho para estas situações.
Mostrar o valor do trabalho
Seu filho sabe qual é a relação entre o trabalho e o dinheiro? A educação financeira infantil é uma ótima oportunidade para mostrar para ele qual é a sua ocupação, por que ela toma tanto tempo do seu dia e, principalmente, o porquê de ela precisar ser valorizada.
Afinal, é o seu esforço trabalhando que gera a renda que possibilita que sua família tenha determinado padrão econômico, não é mesmo? Nada mais justo que a criança saber disso e compreender melhor esta relação.
Histórias lúdicas
Como não cansamos de ressaltar aqui no blog do Kumon, as atividades para educação infantil que usam elementos lúdicos para ensinar são sempre uma ótima alternativa para transmitir conhecimentos aos pequenos.
No caso da educação financeira para crianças não é diferente. Que tal, por exemplo, estimular a imaginação das crianças com histórias divertidas que mostrem a importância do dinheiro, da poupança e dos investimentos?
Olha só algumas sugestões de títulos para mostrar alguns conceitos financeiros para seu filho de um jeito divertido:
“Como se fosse dinheiro”
Menino Maluquinho em “Pra que dinheiro?”
“A menina, o cofrinho e a vovó”
“A cigarra e a formiga”
“Meu cofrinho, meu futuro”
“O pé-de-meia mágico”
Turma da Mônica em “Como cuidar do seu dinheiro?”
“Crise financeira na floresta”
Jogos e educação criativa
Como dissemos anteriormente, usar brincadeiras e atividades lúdicas é uma abordagem que na maior parte das vezes garante ótimos resultados.
Isso pode ser feito de inúmeras maneiras no dia a dia. Para auxiliar você nesta jornada, a seguir damos algumas ideias de atividades que ajudam a estimular a educação financeira na educação infantil.
Atividades que contribuem na educação financeira para crianças
Ensinar seu filho a organizar melhor a vida financeira é algo que pode ser feito de vários jeitos. Usar jogos de tabuleiro e estimular o uso de um cofrinho, por exemplo, são ótimas formas de inserir este assunto de um modo divertido no cotidiano da criança.
Jogos de Tabuleiro
Você sabia que existem muitos jogos de tabuleiro que ajudam na educação financeira infantil? Enquanto brinca, a criança precisa aprender a gerir o próprio dinheirinho e dar a ele um bom uso. Alguns deles são o Banco Imobiliário, Jogo da Vida e Monopoly.
Cofrinho
O cofrinho é um dos meios mais tradicionais de ensinar a criança a poupar. É fácil entender por quê ao economizar com um objetivo especial em mente, seu filho aprende a se planejar e ter foco e persistência ao usar o dinheiro no momento correto.
A primeira coisa que costumamos pensar quando falamos em cofrinho é o clássico porquinho. Mas você não precisa se prender a isso, ok?
Você pode, inclusive, usar a imaginação e a criatividade para fazer junto com seu filho um cofrinho personalizado, usando uma lata de leite ou uma caixa de sapatos, por exemplo.
Como e quando abordar a educação financeira infantil em casa?
Como diz o ditado, “dinheiro não cai do céu”. Uma das principais razões para inserir a educação financeira infantil na sua casa é justamente fazer com que a criança entenda que recursos não são infinitos e devem ser gerenciados com responsabilidade e planejamento.
Para isso, uma das principais ferramentas é manter um diálogo aberto e franco com seu filho, abordando as questões financeiras de forma honesta e participativa. Em outras palavras, a criança deve se sentir parte do planejamento familiar e dos gastos da casa.
Uma forma de manter a atenção nas despesas essenciais da família e objetivos financeiros de todos é construindo, em grupo, um quadro de prioridades.
Neste quadro, você pode listar os sonhos, desejos e metas de todos, e os passos necessários para alcançá-los. Estes passos compreendem desde pequenas atitudes para economizar até o hábito de poupar e investir.
Por falar em economizar, que tal usar a velha técnica do cofrinho? Ela existe há anos, e não é à toa. Poder visualizar as economias crescendo e aumentando é estimulante para todos!
Porém, a educação financeira infantil não acaba aí. Quando o cofrinho estiver cheio, vale a pena pesquisar valores, comparar preços e definir em conjunto a melhor forma de usar o dinheiro.
Conclusão
Uma boa educação financeira na educação infantil é essencial para a formação de crianças mais autônomas e responsáveis em relação ao uso do dinheiro. Por isso mesmo, este é um tema que deve ser abordado desde cedo em sua casa.
Isto pode ser feito por meio de jogos, brincadeiras, diálogo e até mesmo com o apoio da escola, já que uma das diretrizes da BNCC é justamente a educação financeira (e que tem tudo a ver com letramento matemático). Tudo isso é importantíssimo, mas lembre-se de que o exemplo ainda é a melhor forma de ensinar.
Convide seu filho a participar do planejamento das finanças em casa, entender melhor qual é o valor do dinheiro, saber diferenciar o que é necessário do que é supérfluo e aprender a economizar para investir e ter mais tranquilidade no futuro.
Além de aprender a ter uma relação melhor com o dinheiro, essa também é uma ótima maneira de mostrar como aplicar a matemática no dia a dia.
Desta forma, você mesma faz um investimento importante no futuro do seu filho e em sua qualidade de vida nos anos que virão!
Sobre o Kumon
O Kumon é um método de estudo que desenvolve ao máximo o potencial do seu filho, de forma individualizada. Criado no Japão em 1958 pelo professor Toru Kumon, o método está presente em mais de 60 países e reúne mais de 4 milhões de estudantes.
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