Criança no celular: quanto tempo usar e 11 sinais que há algo errado

06/10/2022
Kumon Brasil
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Foto de criança no celular usando fones de ouvido.

Ver a criança no celular sempre traz sentimentos conflitantes para as mães. 


Se, por um lado, as tecnologias mais recentes e a internet cada vez mais conectada aproximam pessoas e abrem um mundo de possibilidades, por outro trazem uma série de riscos relacionados a golpes, privacidade, conteúdos inadequados e exagero no tempo gasto diante do smartphone.


É neste ponto que muitos pais e responsáveis se perguntam como fazer uso saudável de telas para crianças. Nem sempre é simples identificar em que ponto a relação da criança no celular deixou de ser produtiva e passou a oferecer riscos para a saúde (física e mental) e o convívio social.


Por isso, trazemos neste artigo algumas dicas super úteis para ajudar você a lidar melhor com os impactos do celular nas crianças. 


Nele você vai aprender como identificar os riscos de crianças no celular e entender melhor como virar o jogo, usando as telas como aliadas no desenvolvimento do seu filho.


O uso saudável da tecnologia é algo que nós valorizamos muito no método Kumon. Para saber melhor como funciona nosso estudo híbrido e online, procure uma unidade.


Leia mais:


Criança no celular: 11 sinais de que há algo errado


Segundo dados da pesquisa TIC Kids Online Brasil, conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 89% das crianças e adolescentes participantes haviam acessado a internet há menos de três meses.


A mesma pesquisa ainda aponta que cerca de 15% dos participantes realizaram seu primeiro acesso à internet antes dos 6 anos.


Diante destes e de tantos outros dados, é fácil compreender que a internet já é parte da vida das gerações conhecidas como “nativos digitais”, ou seja, que já nasceram em um ambiente dominado pela tecnologia.


Porém, não é porque seu filho nasceu neste ambiente que ele deve ficar exposto aos impactos do celular nas crianças. Fazer uso saudável da tecnologia é essencial para um bom desenvolvimento. Para saber se este é ou não o caso do seu filho, fique atenta a alguns sinais que podem demonstrar algo errado na relação entre a criança e celular. 


Acesso a conteúdos inapropriados


Você tem alguma ideia da qualidade dos conteúdos que seu filho acessa quando está usando o telefone? Pois é, ainda segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil, somente 50% dos pais ou responsáveis verificam o histórico ou registro dos sites visitados por seus filhos.


Em um universo digital repleto de agressores e predadores, é essencial monitorar as atividades da criança no celular. Isso pode ser feito, inclusive, por meio de diversas ferramentas de controle parental disponíveis em smartphones e aplicativos.


Apatia ao convívio e atividades sociais


Se o seu filho está deixando de fazer a lição de casa, encontrar os amigos no shopping, fazer um esporte ou até mesmo dormir por conta do uso de dispositivos eletrônicos, claramente algo não está certo nesta relação da criança com celular.


Em casa, este tipo de sintoma se manifesta na substituição dos momentos de convivência com os amigos ou os pais por relações primariamente virtuais, como ocorre em jogos de videogame online e nas redes sociais.


Queda no rendimento escolar


“A diferença entre o remédio e o veneno é a dose”, já dizia o ditado popular. Com a criança no celular ocorre algo muito parecido. 


Afinal, a tecnologia pode ser uma ferramenta de aprendizado incrível, como muitos casos já demonstraram (principalmente durante a pandemia), ou, por outro lado, a principal envolvida no prejuízo à educação de crianças e adolescentes.


Caso seu filho apresente uma queda súbita no rendimento escolar, comece a matar aulas ou simplesmente indicar um grande desinteresse pelos estudos, observe se por acaso isso está conectado a um aumento expressivo no tempo de uso do celular. 


Problemas no desenvolvimento da linguagem


Faz todo sentido imaginar que, em um mundo cada vez mais conectado e em comunicação constante, o uso da tecnologia na educação infantil poderia favorecer o desenvolvimento da fala e até mesmo acelerar a alfabetização. Porém, a realidade é bem diferente.


Um artigo acadêmico da PUC de Goiás demonstra exatamente o contrário. Por ter menos interações sociais e se comunicar menos com os pais, irmãos e amigos, a criança no celular tem mais chances de apresentar atrasos na linguagem.


Intolerância à espera


Lembra de quando você precisava esperar o dia todo para ver determinado desenho animado ou ouvir uma música no rádio? Atualmente, as coisas são bem diferentes. As crianças de hoje têm acesso muito rápido, quase instantâneo, ao entretenimento que desejam.


Diante de um universo onde tudo é rápido, imediato e instantâneo, os pequenos tendem a se tornar mais impacientes quando se deparam com situações que as fazem ter que esperar: uma fila no parque de diversões, o trailer de um filme no cinema ou o pedido em um restaurante, por exemplo.


Muito tempo vidrado nas telinhas


É importante notar se a criança com celular passa muito tempo nesta atividade. Afinal, além da qualidade do que elas acessam, é fundamental ter controle sobre a quantidade. A Sociedade Brasileira de Pediatria associa o tempo de uso limite a cada faixa etária, como veremos mais adiante.


Mas já adiantamos: até os 18 anos, o máximo recomendado para evitar os impactos do celular nas crianças é de 3 horas diárias. Além disso, a SBP traz uma série de outras recomendações, que você poderá acompanhar ao longo do texto.


Se envolver em cyberbullyings


No mundo digital, os casos de bullying se espalham muito rápido e as consequências são, na maioria dos casos, desastrosas. A distância proporcionada pelos meios digitais faz com que o agressor, sem ver a reação do outro, tenha ainda menos limites e freios morais.


Passar por uma experiência dessas, como a de cancelamento de todo o círculo de colegas ou exposição de intimidades, traz inúmeras consequências que podem ser levadas para a vida toda. Portanto, o ideal é ficar atenta e acompanhar o uso do celular pela criança.


Problemas físicos e na mente


No estudo conduzido pela SBP está relacionada uma série de sintomas e doenças, tanto físicas quanto mentais, que podem ser causados pela utilização excessiva de dispositivos como celulares e computadores. 


Entre eles, estão os transtornos alimentares e do sono, obesidade, sedentarismo, dores musculares, ansiedade, depressão, dores musculares relacionadas à postura, entre tantos outros problemas causados pelo tempo excessivo passado em frente ao computador.


Sono prejudicado

Foto de criança no celular em um quarto escuro, iluminado apenas pela tela do aparelho.

A falta de limites de tempo para a criança no celular acaba, em grande parte das vezes, se refletindo em prejuízos ao sono. Apenas o fato de trocar o dia pela noite já seria suficiente para trazer inúmeros malefícios ao dia a dia da criança. Porém, quando isso acontece associado ao uso de telas, a situação fica ainda pior.


Isso porque, como muitos estudos já demonstraram, a luz emitida por celulares, tablets e computadores inibe a produção de melatonina. Este hormônio está relacionado ao descanso noturno, período em que o corpo se desenvolve e a memória armazena o que foi aprendido durante o dia.


Irritabilidade, agressividade e ansiedade


O manual de orientação da SBP mostra que, muitas vezes, os videogames e redes sociais tornam-se uma solução rápida para a criança ou adolescente não precisar lidar com sentimentos e emoções difíceis. 


A dependência dos jogos, associada a sistemas de recompensas, como pontos e likes, impede que o jovem lide com a origem dos problemas e ao mesmo tempo libere cortisol, criando um ciclo de depressão e ansiedade, com alterações de comportamento, agressividade e perda de empatia.


Problemas de vista


Outro problema ao qual a criança com celular está sujeita relaciona-se à visão. Para conseguir enxergar o que está mais perto, como a tela de um smartphone, a criança precisa fazer mais esforço para colocar a imagem em foco.


Isso faz com que ela esteja mais propensa a ter aumento de miopia no futuro, o que leva também a chances maiores de descolamento de retina ou degeneração miópica, cujas consequências podem levar inclusive à perda da visão.


E como fazer o uso saudável de telas para crianças?


Como você percebeu, a criança no celular por muito tempo pode ser prejudicada de inúmeras formas, algumas delas inclusive se estendendo para a fase adulta da vida. Porém, existe um outro lado que precisa ser levado em conta. Afinal, nem tudo são problemas.


Principalmente durante a pandemia, ficou evidente a importância dos celulares, tablets e computadores e como seu uso de forma educacional ainda tinha muito a ser explorado. Além disso, é inevitável incluir o celular de alguma forma na rotina, já que ele acaba fazendo parte da vida de todos nós.


Diante de tudo isso, como fazer um uso saudável de telas para crianças?


Defina a duração do uso


Estabeleça por quanto tempo seu filho pode usar o celular, levando em conta a idade da criança (como mostraremos logo, logo). Aproveite e estenda este hábito para toda a família. Que tal um momento de desconectar, como a hora das refeições ou uma hora antes de dormir?


Estabeleça áreas livres de tecnologia dentro de casa


Eleja algumas áreas da sua casa para serem zonas livres de tecnologia. Isso quer dizer que, ali, celulares e computadores são proibidos. Como dissemos no item anterior, pode ser a sala de jantar ou a cozinha, onde a interação da família é prioridade.


Converse com a criança sobre a necessidade de limite


De nada adianta colocar todos os limites se seu filho não entender por que não é permitido criança no celular por mais de duas horas, por exemplo. Converse, explique sobre os malefícios, proponha alternativas (como um passeio em um lugar que ele gosta, por exemplo) e, principalmente, dê o exemplo.


Incentive o contato com outras atividades


Existe uma infinidade de atividades que podem ser feitas sem a utilização de um celular. Jogos de tabuleiro, passeios ao ar livre, leitura, trilhas, pescaria, ir a um jogo de futebol… Veja estas 11 ideias de brincadeiras e abrace a ideia de uma vida mais desconectada junto ao seu filho.


Utilize a tecnologia para o aprendizado


A tecnologia é algo extremamente interessante e faz parte das nossas vidas. Por que não, então, nos aliarmos a ela para aprender mais coisas e explorarmos todo nosso potencial? 


Há milhares de opções de aplicativos disponíveis para quem quer usar a tecnologia para o aprendizado (veja estes jogos para aprender inglês online e gratuitos, por exemplo).


Procure conteúdos mais calmos e positivos


Preste atenção ao entretenimento que seu filho consome, e busque maneiras de entender se isso está trazendo algo positivo para ele. Muitas vezes, as crianças repetem comportamentos agressivos de desenhos e jogos em seu dia a dia. 


Neste caso, conteúdos mais calmos e positivos ajudam a tornar os momentos da criança no celular mais produtivos.


Qual é o tempo de tela ideal para cada idade?


A Sociedade Brasileira de Pediatria, por meio de seu manual de orientação produzido pelo Grupo de Trabalho Saúde na Era Digital, traz uma série de orientações relacionadas à criança com celular. 


Entre tantas informações relevantes, o relatório aponta uma média de tempo de uso de celulares, tablets e computadores para cada faixa etária, como mostramos a seguir.


Até 2 anos


Evitar a exposição de crianças às telas, sem necessidade, nem mesmo de forma passiva.


Entre 2 e 5 anos


Limitar o tempo de telas a no máximo uma hora diária, sempre com a supervisão de um adulto responsável.


Entre 6 e 10 anos


Limitar o tempo de telas a no máximo duas horas por dia, sempre com a supervisão de um adulto responsável.


Entre 11 e 18 anos


Limitar o tempo de telas e videogames a três horas por dia, ressaltando que o uso não deve ser feito “virando a noite”, e sim em um horário de preferência preestabelecido.


Pandemia e criança no celular: quais foram os impactos?


 Foto de criança no celular sentada do chão, atenta ao aparelho.

Tudo o que dissemos até aqui é relativo a um mundo ideal, no qual existe a possibilidade de fazer escolhas como ficar ao ar livre em vez de jogar videogame. Mas, e quando não existe essa possibilidade?


Foi exatamente isso o que aconteceu com grande parte do mundo durante e com a educação infantil na pandemia. Muito do que era feito presencialmente, como trabalhar, estudar, conversar com os amigos ou se divertir, subitamente tornou-se virtual.


Da mesma forma, pais que antes conseguiam fazer um bom controle do tempo de telas precisaram deixar a criança no celular para poder trabalhar, ao mesmo tempo em que tentavam estabelecer um equilíbrio entre vida pessoal, profissional e as crianças.


Por outro lado, a pandemia de Covid-19 acelerou um processo que vinha acontecendo de forma mais lenta e gradual, obrigando o mundo todo a explorar melhor a tecnologia disponível, seja para estudar, trabalhar, fazer compras ou simplesmente ver os amigos.


Existem vantagens em deixar crianças no celular?


Antes de mais nada, o celular é um aparelho de comunicação. Poder falar com os pais sempre que houver necessidade é algo que, por si só, já justificaria a criança no celular. Mas as vantagens vão além disso.


Quando bem utilizado, o celular proporciona o acesso a um mundo de informações. Crianças com estilos de aprendizagem diferentes conseguem, com a ajuda da tecnologia, ver um vídeo, ouvir um podcast, encontrar um infográfico ou textos completos sobre os assuntos que precisam estudar.


Além disso, aplicativos educacionais expandem o conteúdo de livros ou visto em sala de aula e abrem novas possibilidades. Pense em um curso de línguas, como o Kumon de Inglês. Com um aplicativo exclusivo, o aluno estuda a pronúncia de forma muito mais completa e interativa.


Como as telas podem ser aliadas no desenvolvimento infantil?


Como você percebeu até aqui, equilíbrio é fundamental para fazer um bom uso das telas. É desafiador, com certeza, mas não é impossível. Depois de estabelecer regras e uma rotina, fica mais fácil direcionar o uso para situações positivas.


Além dos estudos, há vários aplicativos que auxiliam a coordenação motora, mexem com o imaginário e o faz de conta. Com isso, a tecnologia na educação infantil estimula a criatividade, o foco e a concentração, a memória e outras habilidades cognitivas importantes.


Letras, números, idiomas, questões de lógica… Tudo isso está disponível atualmente a um clique de distância do seu filho, por meio de conteúdos e aplicativos sérios que levam em consideração cada faixa etária e o que é mais adequado para ela.


Conclusão


Criança no celular sempre será uma questão polêmica, que divide opiniões de pais, professores e estudiosos no mundo todo. 


Em uma sociedade cada vez mais dinâmica, na qual tudo muda muito rápido e as tecnologias avançam com ainda mais velocidade, não é fácil encontrar todas as respostas que procuramos.


Esperamos que você tenha encontrado algumas delas por aqui. Neste texto você viu como fazer uso saudável de telas para crianças é algo possível, porém desafiador. 


Com muito diálogo, regras bem estabelecidas e equilíbrio, temos certeza que você e sua família vão chegar lá. Boa sorte!

Sobre o Kumon​

O Kumon é um método de estudo que desenvolve ao máximo o potencial do seu filho, de forma individualizada. Criado no Japão em 1958 pelo professor Toru Kumon, o método está presente em mais de 60 países e reúne mais de 4 milhões de estudantes.

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