Análise de risco: o que é, como fazer na prática e quando usar?

17/09/2022
Kumon Brasil
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Foto de mão feminina impedindo que blocos de dominó enfileirados sigam caindo. A análise de risco permite prever situações e se preparar para lidar com elas.


Se você está se preparando para entrar de cabeça no empreendedorismo e se tornar dona do seu próprio negócio, é fundamental entender bem o conceito de análise de risco e como ela funciona.


Afinal, a gestão de uma empresa exige que você tome decisões importantes todos os dias. E tomar decisões significa, em muitos casos, assumir riscos. 


Avaliar pontos que podem ameaçar o seu negócio ou conseguir prever cenários de crise faz toda a diferença para se preparar para estes momentos.


Saber como fazer uma análise de risco aprofundada é algo que exige muito conhecimento em certas áreas, principalmente de estatística e planos de ação. 


Assim, nosso objetivo nesse texto é ajudar você a entender melhor o que é análise de risco, o que compõe esse tipo de análise, por que ela é tão importante e mostrar com mais detalhes como ela funciona.


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O que é análise de risco?


A análise e controle de risco é constituída por uma série de processos e metodologias que buscam antecipar possibilidades concretas que possam ameaçar o seu negócio, principalmente no campo socioeconômico.


Por que fazer a análise dos riscos de um negócio?


A análise dos riscos busca antecipar uma série de cenários que possam prejudicar a sua empresa. Ao conhecer estas possibilidades, o empreendedor pode traçar planos de ação com antecedência que consigam mitigar os efeitos e impactos caso algum dos cenários previstos chegue a se concretizar.


Mas este não é o único motivo pelo qual uma empresa deve fazer este tipo de análise. Afinal, pode ser que você, como dona de um negócio, entenda que vale a pena assumir determinado risco. Neste caso, as informações podem ajudá-la a tomar decisões de forma mais sólida e segura.


Tipos de riscos que podem ameaçar uma empresa


Existem inúmeros riscos aos quais sua empresa está sujeita. Alguns deles são mais comuns, como você pode imaginar, e constituem parte importante das técnicas de análise de risco. 


Conhecê-los é uma grande vantagem competitiva para o seu negócio, já que você consegue ter um panorama mais claro do que pode efetivamente ameaçar a sua empresa. Eles se dividem em riscos especulativos e riscos reais.


Riscos especulativos


Há riscos que você pode decidir assumir sem ter plena certeza se isso vai resultar em ganhos ou perdas para o seu negócio. Nestes casos, o máximo que é possível fazer é uma análise profissional e detalhada do cenário e especulações. Veja alguns exemplos de riscos especulativos mais comuns:


  • Riscos administrativos e financeiros

  • Riscos políticos

  • Riscos de inovação


Riscos reais


Os riscos reais são aqueles que constituem as maiores ameaças para o seu negócio, já que não oferecem nenhuma possibilidade de ganho. Nestes casos, existe uma chance verdadeira de sua empresa ser prejudicada. Confira algumas situações de risco real:


  • Riscos à propriedade

  • Riscos às pessoas

  • Riscos de responsabilidade


E como os riscos são classificados?


O risco de sua empresa sofrer perdas por conta de um incêndio, por exemplo, é diferente do risco de um funcionário sofrer um acidente de trabalho, ou, no caso do setor de educação, do risco de ter uma baixa retenção de alunos.


Deste modo, os riscos são classificados de diferentes maneiras, de acordo com a probabilidade de acontecer e a gravidade que isso poderia trazer para o negócio. Os riscos podem ir de extremamente remotos, com pouca chance de ocorrerem, até riscos frequentes, que seguramente acontecerão várias vezes.


Nível de gravidade do risco


Além da probabilidade de acontecerem, os riscos também são classificados de acordo com a gravidade do impacto que provocam nas organizações. Como dissemos, um acidente de trabalho tem uma gravidade diferente de um incêndio.


Assim, os riscos podem ser categorizados de catastróficos, o nível mais alto de gravidade, no qual há morte ou incapacitação total de funcionários, por exemplo, até riscos desprezíveis, como pequenas lesões que permitem o retorno do trabalhador logo após ser atendido por um médico.


Como é feita a análise de risco?


Foto de mãos femininas e masculinas apontando para gráficos em um documento. A análise de risco é um importante instrumento de gestão empresarial.


Fazer uma análise de risco profissional envolve uma série de cálculos complexos ou modelos preditivos que apontam quão exposta uma empresa está a determinados riscos. Estes cálculos levam em conta não só a probabilidade de ocorrência, como também o impacto financeiro envolvido.


As técnicas de análise de risco exigem muito conhecimento, experiência e qualificação, Portanto, a seguir, vamos explicar de forma resumida como fazer uma análise dos riscos. Lembre-se que este é um passo fundamental na sua vida de empreendedora, e deve ser tratado com muita seriedade! 


Defina qual situação analisar


Uma empresa que existe há 10 anos e se vê em um momento de crise, precisando de um empréstimo, são bem diferentes de uma franqueada que está planejando abrir as portas. Por isso mesmo, a análise de risco deve sempre ser realizada com foco em cada situação.


Defina o que pode dar errado


A regra da análise de risco é: algo sempre pode dar errado. Mas como saber o quê? Ao definir qual situação analisar, é possível direcionar seus esforços para a construção de hipóteses relacionadas a ela, possibilitando entender melhor os riscos envolvidos.


Determine o grau de cada risco


Qual é a probabilidade que algum dos riscos levantados na etapa anterior venha a se concretizar? Caso isso aconteça, qual é a gravidade do resultado? Atribuir pesos para cada uma destas variáveis e multiplicá-los é uma maneira de determinar o grau de cada risco.


Parta para a estratégia


A partir do momento em que você entende o grau de cada risco, pode priorizar os de grau mais alto, deixando os de grau mais baixo para um momento posterior. Diante disso, é hora de determinar que estratégia adotar. 


O mais comum é encontrarmos cinco formas ou estratégias de encarar cada risco: aceitar, evitar, transferir, mitigar ou explorar. Vamos conhecer cada um deles mais a fundo?


Aceite os riscos


Vale a pena mobilizar tempo, pessoal e gastos com ameaças de baixo risco? Seguramente não. Como a chance de eles ocorrerem são pequenas e seu impacto também, aceitar este tipo de risco significa só entrar em ação quando e se algo se concretizar.


Evite os riscos


E quando é o contrário? Para ameaças de alto grau de risco, a melhor estratégia é se antecipar e mobilizar recursos para evitar que elas aconteçam. Pense em um risco como o de um colaborador sofrer um acidente fatal. Podendo evitar que isso aconteça, com certeza este é o melhor a fazer.


Transfira os riscos


Apesar de parecer algo estranho, transferir os riscos é muito comum. Basta olhar para a terceirização de serviços. Ao envolver outras empresas no processo, você transfere os riscos de atrasos, erros e quedas na qualidade para quem irá executá-los.


Mitigue os riscos


Em muitos casos, mesmo fazendo a análise de risco e antecipando situações, não há como alterar o plano de ação ou evitar que algum risco se concretize. Assim, uma estratégia bastante utilizada é mitigar o impacto dos riscos, tentando tornar o grau do risco menor.


Explore os riscos


Nem sempre um risco é ruim. Pois é, parece estranho, mas isso é o que chamamos de risco de impacto positivo. Nestes casos, há uma possibilidade de que alguma coisa boa aconteça. Diante disso, é comum os gestores procurarem aumentar o grau do risco!


Documente sua análise dos riscos


É muito importante documentar toda a sua análise de risco. Ao registrar e formalizar os dados obtidos, você consegue aprimorar as estratégias no futuro com base em uma revisão do que foi feito anteriormente.


Revise periodicamente


Nenhum contexto é estático. Os ambientes macro e micro que envolvem uma empresa estão em constante mudança. Por isso, é necessário revisar periodicamente suas estratégias e medidas preventivas, aprimorando e atualizando seus processos.


Em quais situações a análise de risco pode ser útil?


Além do grau do risco, maior ou menor, dependendo da probabilidade de sua ocorrência e da gravidade dos resultados, é importante destacar que há tipos diferentes de risco que podem ameaçar o seu negócio. 


Confira os 5 mais comuns:


Riscos estratégicos


Este tipo de risco está ligado ao planejamento e posicionamento de uma organização, e envolve desde os produtos e serviços oferecidos até o mercado no qual ela está inserida. Por este motivo, trata-se de um risco que ameaça o negócio no médio e longo prazo, principalmente.


Riscos financeiros


Neste tipo de risco, o principal ponto afetado é relativo ao dinheiro e à saúde financeira da empresa, envolvendo fluxo de caixa, empréstimos, endividamento, inadimplência e riscos nas negociações de compra e venda de produtos e insumos. 


Riscos operacionais


Os riscos operacionais estão conectados ao dia a dia das empresas, ameaçando o atingimento de metas, a produção e os resultados, como fraudes, falhas de segurança, problemas com maquinário e perda de documentos importantes, por exemplo.


Riscos de conformidade


Talvez você conheça a conformidade por outro nome: compliance. Os riscos neste sentido estão ligados ao cumprimento de todas as normas e regras envolvidas com sua empresa e sua área de atuação. 


Como consequência, podem ser aplicadas multas, punições e responsabilidades legais, além de prejuízos para a imagem do negócio.


Riscos cibernéticos


Por um lado, o mundo vive um avanço sem precedentes nas áreas de tecnologia e utilização de dados. 


Por outro, esta situação ameaça cada vez mais as empresas. Fraudes virtuais, invasões e vazamentos de dados são apenas alguns dos riscos envolvidos.


Com a pandemia de coronavírus, este cenário se intensificou tanto que os riscos cibernéticos ficaram em primeiro lugar em uma pesquisa global conduzida pela Allianz em 2022, sendo os mais citados por 2.650 especialistas em análise de risco de 89 países.


Qual resultado colher de uma análise e controle de risco?


Foto de dois homens e uma mulher concentrados na análise de alguns documentos. A análise de riscos traz muitos benefícios para as organizações.


De forma resumida, o principal resultado que deve ser obtido de uma análise de risco é a possibilidade de uma empresa de preparar para ameaças, prevenindo que elas tragam impactos negativos à organização, planejando a estratégia correta para cada situação.


Ou seja: realizar uma análise de risco fornece dados e insumos concretos que auxiliam as tomadas de decisão e o planejamento estratégico das empresas. Além disso, ela é importante para:


  • Mitigar problemas e riscos inevitáveis.

  • Orientar o aprimoramento de processos e operações.

  • Nortear a implantação de medidas de segurança.

  • Apoiar o gestor em suas decisões diárias.

  • Planejar respostas rápidas em caso de falhas.


Conclusão


Como você pôde ler neste texto, a análise de risco é fundamental para a gestão de uma empresa, e deve ser realizada independente do segmento ou tamanho do negócio. Afinal, todas as organizações estão sujeitas a ameaças dentro dos setores e nichos onde atuam. Da mesma forma, todas elas devem estar preparadas para estes momentos da melhor forma possível.


A análise dos riscos é um processo bastante importante, repleto de detalhes e que exige, além de bastante atenção, a participação de profissionais especializados para sua correta realização e implementação.


Se você quer começar a empreender, acabou de abrir seu negócio ou planeja fazer isso em breve, realizar este levantamento desde o início é um modo de avaliar o cenário com mais clareza e se preparar melhor para este momento. 


E se você está buscando abrir seu próprio negócio comprando uma franquia, por exemplo, consulte a franqueadora a respeito da análise e controle de risco. Afinal, marcas já consolidadas costumam oferecer assistência e apoio neste sentido, tornando o processo ainda mais seguro para o empreendedor.


Agora que você já sabe como é feita a análise de risco, confira como funcionam as franquias de educação e se vale a pena investir em uma!


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