Você sabe o que são estilos de aprendizagem? Cada pessoa aprende de um jeito único, e é exatamente essa diversidade que torna o ensino um grande desafio, além de uma enorme oportunidade.
A educação não é uma abordagem que funciona para todos da mesma forma, e os estilos de aprendizagem estão entre os principais caminhos para atender às necessidades de cada aluno.
Quando sabemos como uma pessoa absorve o conhecimento, é possível personalizar estratégias, aumentando a eficácia do aprendizado.
Neste texto, vamos explorar o que são os estilos de aprendizagem, como identificá-los e como a parceria com a família, a escola e métodos como o Kumon pode apoiar o desenvolvimento de cada um.
Conheça todos os benefícios da metodologia de ensino do Kumon!
Leia mais:
O que são os estilos de aprendizagem?
Os estilos de aprendizagem referem-se às diferentes maneiras pelas quais os indivíduos processam e compreendem novas informações.
Cada pessoa tem uma forma preferencial de aprender, que pode ser influenciada por fatores como sua personalidade, interesses e experiências anteriores.
Quando falamos sobre o que são estilos de aprendizagem, estamos abordando a ideia de que não existe um método único que funcione para todos.
Na verdade, existe uma variedade de abordagens que podem ser mais eficazes dependendo das características de cada estudante.
Esses estilos ajudam os educadores a planejar aulas e atividades que atendam às necessidades de cada aluno, maximizando seu potencial.
Quais são os estilos de aprendizagem?
Quando questionamos quais são os estilos de aprendizagem, podemos nos referir a algumas teorias amplamente reconhecidas, como o modelo VARK, o modelo Kolb, o modelo Honey-Alonso e o modelo Dunn e Dunn.
Cada uma dessas teorias oferece uma visão distinta sobre como as pessoas preferem aprender, considerando fatores como percepção sensorial, processos cognitivos e formas de interação com o ambiente.
Vamos conferir mais sobre cada modelo:
Método VARK
O modelo VARK é um dos mais conhecidos e propõe que existem quatro estilos de aprendizagem principais, com base nas preferências sensoriais dos alunos: visual, auditivo, cinestésico e leitura e escrita.
O modelo foi desenvolvido na década de 1990 por Neil Fleming, um pedagogo da Nova Zelândia. O objetivo era apoiar tanto os estudantes quanto os professores na compreensão das diferentes maneiras pelas quais as pessoas absorvem o conhecimento.
Ao compreender esses estilos de aprendizagem, é possível adaptar o ensino para que ele se alinhe com a maneira que cada aluno aprende melhor — aumentando, assim, a eficácia do aprendizado.
Visual
Alunos com um estilo de aprendizagem visual preferem usar imagens, diagramas, gráficos e outras representações visuais para compreender a informação.
Eles se beneficiam de mapas mentais, vídeos e infográficos, e tendem a lembrar melhor das informações quando estão expostas de forma gráfica.
Esse estilo é fruto de uma organização mental que relaciona conteúdos a imagens, sendo particularmente útil nas matérias que exigem organização espacial ou categórica.
Auditiva
Os aprendizes auditivos, por outro lado, preferem ouvir informações em vez de vê-las.
Eles aprendem melhor quando ouvem explicações, gravações ou discussões, sendo que a fala é uma porta de entrada para a compreensão.
A leitura em voz alta e a repetição oral são estratégias que ajudam esses alunos a memorizar e a absorver conteúdos.
Vale destacar que os estudantes com essa preferência, que vêm sendo classificados assim pelo modelo VARK, podem se beneficiar de um curso de japonês completo que inclua recursos auditivos, como áudios e vídeos, para apoiar tanto a compreensão oral quanto a pronúncia.
Cinestésica
Aprendizes cinestésicos, como o nome sugere, têm uma forte preferência por aprender por meio da ação e do movimento.
Eles se beneficiam de atividades práticas, como experimentos, jogos e simulação de experiências, nas quais podem interagir fisicamente com o conteúdo.
Este estilo é fruto de um aprendizado multissensorial, que relaciona o corpo às experiências vividas, aumentando, assim, a retenção das informações.
Leitura e escrita
Esses alunos preferem trabalhar com textos, seja lendo ou escrevendo.
Eles absorvem melhor a informação quando podem tomar notas, escrever resumos ou realizar leituras detalhadas.
A escrita é uma importante aliada na organização do pensamento, enquanto a velocidade na compreensão textual proporciona uma aprendizagem consistente.
Este modelo é particularmente útil nas matérias que exigem grande quantidade de teor textual, como história, sociologia ou literatura.
Método Kolb
O estilo de aprendizagem Kolb, desenvolvido na década de 1970 pelo teórico da educação David Kolb, propõe que a aprendizagem é um processo contínuo que passa por quatro fases:
experiência concreta
observação reflexiva
formação de conceitos abstratos
experimentação ativa
Com base nessa jornada, ele categorizou os aprendizes em quatro estilos, de acordo com suas preferências na hora de aprender.
Este modelo é particularmente útil para que os professores, os pais e os próprios estudantes identifiquem como absorvem o conteúdo, aumentando, assim, a eficácia do aprendizado.
Acomodador
O estilo acomodador é caracterizado por uma forte preferência por aprender por meio da experiência prática.
Esses aprendizes preferem se jogar em novas experiências, usar o instinto para tomar decisão e se adaptar às circunstâncias.
Eles estão sempre dispostos a trabalhar em equipe, a aprender na prática e a aplicar o que vêm absorvendo.
Convergente
Os aprendizes convergentes preferem aplicar ideias e teorias a situações práticas.
Eles se destacam na resolução de problemas, sendo habilidosos na hora de tomar decisão e usar a criatividade para encontrar soluções.
Seu aprendizado é melhor quando estão envolvidos na execução de um protótipo, na organização de um evento ou na criação de um modelo a partir de um assunto teórico.
Assimilador
Já os aprendizes assimiladores gostam de entender teorias e conceitos de forma profunda.
Eles preferem aprender lendo, refletindo, resumindo conteúdos ou relacionando diferentes fontes de informação.
Seu ponto forte é a organização de conhecimento, sendo particularmente eficientes na hora de preparar relatórios, resenhas ou trabalhar com conteúdos complexos.
Divergente
Aprendizes divergentes estão sempre prontos para ver as circunstâncias de diferentes ângulos.
Eles se destacam na resolução criativa de problemas, sendo capazes de apresentar alternativas inovadoras.
Preferem trabalhar em grupos, compartilhar experiências, debater diferentes caminhos e refletir antes de tomar uma decisão.
Método Honey-Alonso
O método Honey-Alonso, desenvolvido pelos espanhóis Peter Honey e Alonso García, propõe que os aprendizes se dividem em quatro estilos, de acordo com suas preferências na hora de aprender:
Ativo
Reflexivo
Pragmático
Teórico
Eles categorizam esses estilos com base na forma como os estudantes se envolvem com as informações, processam conteúdos e transformam o aprendizado em conhecimento.
Com essa visão, é possível adaptar estratégias pedagógicas para atender às necessidades de cada um, aumentando a eficácia do ensino.
Ativo
Aprendizes ativos gostam de aprender fazendo. Eles estão sempre prontos para se envolver nas atividades, sendo entusiastas, pró-ativos e dispostos a vivenciar na prática o que estão aprendendo.
Para eles, a teoria faz pouquíssimo ou nenhum sentido se não for contextualizada na realidade.
Eles se beneficiam de dinâmicas, simulação de problemas, workshops e outras atividades que exigem a colaboração.
Reflexivo
Aprendizes reflexivos preferem refletir antes de tomar uma decisão ou agir. Eles gostam de analisar diferentes caminhos, considerar alternativas e aprender a partir das experiências dos outros.
São detalhistas, observadores e críticos, sendo particularmente bons na avaliação de resultados.
Eles se beneficiam de atividades que permitem a avaliação, a discussão em grupos e o estudo de casos.
Pragmático
O estilo pragmático é movido pelo interesse na aplicação prática do que é ensinado. Aqui, os alunos estão focados na resolução de problemas do mundo real, sendo atraídos por conteúdos que tenham uma utilidade na vida.
Seu aprendizado é maior quando envolve a execução de projetos, a resolução de problemas específicos ou a criação de protótipos. Eles apreciam a possibilidade de aplicar na prática tudo que aprenderam.
Teórico
Aprendizes teóricos preferem aprender por meio de conceitos, teorias e modelos. Eles se envolvem com o material de forma lógica, analítica e organizada, sendo atraídos por conteúdos que ajudem a formar uma visão sistêmica.
Eles gostam de trabalhar com textos, resenhas, relatórios, hipóteses e fontes de informação, sendo particularmente bons na organização do conhecimento.
Método Dunn e Dunn
O modelo Dunn e Dunn, desenvolvido nos anos 70 pelos pesquisadores Rita e Kenneth Dunn, enfatiza a importância dos estímulos ambientais, socioemocionais, físicos e psicológicos no processo de aprendizagem.
A teoria propõe que, ao considerar essas variáveis, é possível criar um ambiente que ajude cada aluno a aprender melhor.
Com essa abordagem, é possível atender às necessidades pessoais de cada um, aumentando o engajamento, a concentração e os resultados.
Estímulos ambientais
Os estímulos ambientais estão relacionados às condições do ambiente, como temperatura, iluminação e ruído.
Alguns aprendem melhor em um lugar tranquilo e bem iluminado, enquanto outros se concentram melhor com um pouquinho de barulho ou música de fundo.
Compreender essas preferências é importante para proporcionar um espaço propício ao aprendizado.
Estímulos emocionais
O estado emocional do aluno é um fator determinante para seu desempenho. Alunos que se sentem motivados, relaxados e emocionalmente seguros estão mais propensos a absorver conteúdos.
Oferecer apoio emocional, escuta e incentivo é uma estratégia importante para personalizar o aprendizado.
Estímulos sociais
A interação social também faz a diferença na hora de aprender. Alguns alunos se destacam mais trabalhando em grupos, enquanto outros preferem focar nas atividades de forma independente.
Compreender essas preferências é uma parte importante da preparação de estratégias que respeitem o estilo de cada um.
Estímulos físicos
Esse tipo de estímulo está relacionado às necessidades pessoais de conforto físico, como a postura na cadeira, a possibilidade de se mover, ou até de fazer pequenas pausas.
Alunos que precisam se mover ou que se concentram melhor estando em posições mais relaxadas serão beneficiados se o ambiente respeitar essas particularidades.
Estímulos psicológicos
Fatores como o nível de autoconfiança, a concentração e a presença de ansiedade também influenciam o aprendizado.
Alunos confiantes tendem a aprender com maior eficácia, enquanto a falta de confiança ou a presença de nervosismo pode dificultar o aprendizado.
Valorizar suas conquistas e proporcionar um ambiente tranquilo ajudam a minimizar a ansiedade, na mesma medida em que aumenta o envolvimento nas atividades.
Por que é importante conhecer os estilos de aprendizagem?
Compreender os estilos de aprendizagem é essencial porque permite que os educadores adaptem suas metodologias de ensino para atender melhor às necessidades de seus alunos.
Ao identificar o estilo de aprendizagem de cada estudante, é possível maximizar o seu potencial, proporcionando um aprendizado mais eficaz e personalizado.
Além disso, quando os alunos se sentem compreendidos e têm acesso a abordagens de ensino que se alinham às suas preferências, eles tendem a se sentir mais motivados e engajados no processo educacional.
Entender os estilos de aprendizagem também é crucial para adaptar o ensino de forma mais eficaz. Por exemplo, para alunos com estilo de leitura e escrita, é importante incentivar o uso de palavras, listas, resumos e textos.
Nesse contexto, um curso de português é uma ótima opção, pois ajuda esses alunos a aprimorarem suas habilidades de leitura crítica, escrita clara e organização de ideias, promovendo um aprendizado mais eficaz e engajado.
Isso favorece o domínio da linguagem de forma mais profunda e personalizada.
Como descobrir o estilo de aprendizagem?
Existem várias maneiras de identificar o estilo de aprendizagem de um aluno, incluindo observação, feedback, testes e experimentação.
Observação
Observar o comportamento do aluno em diferentes contextos é um dos métodos mais eficazes. Professores e responsáveis podem notar, por exemplo:
Se ele presta mais atenção ao ver imagens ou diagramas.
Se gosta de explicar em voz alta ou fazer perguntas.
Se aprende melhor ao realizar atividades práticas.
Se prefere ler e escrever resumos.
Ferramentas como diários de bordo, registros de participação em aula ou protocolos de observação ajudam a sistematizar essas percepções e identificar padrões de aprendizagem ao longo do tempo.
Feedback
Ouvir os próprios alunos é essencial. Perguntar como eles se sentem em relação a certas atividades ou qual tipo de explicação mais os ajuda pode revelar muito.
Por exemplo:
“Você prefere quando o professor desenha no quadro ou quando explica falando?”
“Você gosta de fazer exercícios em grupo ou sozinho?”
“O que te ajuda mais a lembrar o conteúdo: ler, ouvir ou escrever?”
Esse tipo de conversa pode ser feito em sala, em casa ou por meio de pequenos formulários com perguntas simples, adaptadas à faixa etária.
Testes e questionários
Testes padronizados são ferramentas práticas para identificar o estilo de aprendizagem. Os mais utilizados são:
Questionário VARK
Criado por Neil Fleming, o questionário VARK apresenta situações do dia a dia e oferece opções de resposta relacionadas aos estilos visual, auditivo, leitura/escrita e cinestésico.
Com base nas respostas, é possível entender qual formato de ensino o aluno prefere. O objetivo é adaptar o conteúdo às suas preferências sensoriais.
Questionário Kolb
Baseado na teoria da aprendizagem experiencial de David Kolb, esse questionário ajuda a descobrir se o aluno é acomodador, convergente, assimilador ou divergente.
Ele analisa como a pessoa reage às quatro etapas da aprendizagem (experiência, observação, conceituação e experimentação) para indicar seu estilo predominante.
Questionário Honey-Alonso
Esse questionário classifica os indivíduos nos estilos ativo, reflexivo, pragmático ou teórico. Foi desenvolvido com base na adaptação do modelo de Kolb e avalia como o aluno processa e aplica as informações.
É muito utilizado em contextos educacionais e corporativos para ajudar na personalização do ensino.
Experimentação
A melhor forma de confirmar o estilo de aprendizagem é testando diferentes abordagens com o aluno e observando os resultados.
Veja duas ideias:
Apresente o mesmo conteúdo com vídeos, depois em formato de texto e depois por meio de um experimento ou atividade prática.
Permita que ele tente diferentes formas de estudo e anote o que funcionou melhor.
A ideia é oferecer variedade e liberdade para que o próprio aluno descubra com qual abordagem se sente mais engajado, confiante e motivado a aprender.
Como a escola deve lidar com os estilos de aprendizagem?
A escola deve lidar com os estilos de aprendizagem de forma flexível, adaptando seus métodos de ensino para atender às necessidades individuais dos alunos.
A seguir, apresentaremos algumas estratégias práticas para lidar com os estilos na escola.
Identificar os estilos de aprendizagem
O primeiro passo é identificar os estilos de aprendizagem dos alunos. Isso pode ser feito por meio de uma abordagem personalizada, utilizando observação direta, entrevistas, autorrelatos e questionários específicos.
Também é possível identificar os estilos ao propor atividades variadas, como:
apresentações orais (auditivos);
criação de mapas mentais (visuais);
simulações práticas (cinestésicos);
leitura e produção de textos (leitores/escritores).
Observar o desempenho e o engajamento em cada tipo de atividade ajuda o professor a reconhecer padrões de preferência.
Usar diferentes abordagens na sala
Uma vez identificados os estilos de aprendizagem, o ideal é diversificar as estratégias de ensino para contemplar todos os perfis da turma.
A escolas podem fazer de várias maneiras, como por exemplo:
explicações orais e debates para alunos auditivos;
recursos visuais como vídeos e esquemas para os visuais;
atividades práticas e experimentos para os cinestésicos;
leituras dirigidas e exercícios escritos para os leitores/escritores.
Essa variedade torna as aulas mais dinâmicas e acessíveis para todos.
Diversificar as atividades educacionais
Propor diferentes tipos de atividades ao longo da rotina escolar estimula todos os estilos de aprendizagem.
Veja alguns exemplos do que pode ser feito:
trabalhos em grupo;
dramatizações;
experimentos científicos;
jogos pedagógicos;
oficinas de escrita;
atividades com música;
jogos, vídeos e quizzes online.
Quanto mais diversificada for a proposta, maiores as chances de engajamento e compreensão por parte dos alunos.
Usar diferentes recursos pedagógicos
A escola pode (e deve) utilizar recursos pedagógicos variados para atingir diferentes estilos de aprendizagem.
Algumas sugestões são:
livros didáticos, vídeos e podcasts;
objetos manipuláveis e materiais concretos;
lousas digitais, plataformas educacionais e aplicativos;
jogos interativos, infográficos e murais colaborativos.
A tecnologia também é de grande ajuda nesse processo. Plataformas adaptativas, lousa digital e ferramentas gamificadas ajudam a tornar o ensino mais personalizado e estimulante.
Entenda como o método Kumon valoriza os estilos de aprendizagem
O método Kumon é um ótimo exemplo de abordagem educacional que respeita os diferentes estilos de aprendizagem.
Ao adotar um sistema de estudo individualizado e progressivo, o Kumon permite que cada aluno avance no seu próprio ritmo, de forma personalizada e sem comparações com colegas.
Essa autonomia é fundamental para adaptar o ensino às preferências de cada estudante — seja ele mais visual, auditivo, cinestésico ou leitor/escritor.
O aluno pode explorar os conteúdos por meio de exercícios práticos, leitura repetida, resolução de problemas ou atividades que envolvem movimento, respeitando sua maneira única de aprender.
Com isso, o método Kumon estimula o desenvolvimento de habilidades com base no estilo de aprendizagem predominante de cada criança, promovendo um progresso constante e eficaz.
Encontre a unidade Kumon mais próxima de você e conheça de perto um método que respeita o estilo de aprendizagem do seu filho.
Conclusão
Entender os estilos de aprendizagem é essencial para melhorar a experiência educacional de cada aluno.
Ao reconhecer as diferentes formas de aprender e adaptar o ensino de acordo com essas preferências, educadores podem promover um aprendizado mais eficaz e inclusivo.
O método Kumon, com sua abordagem personalizada, é um excelente exemplo de como valorizar a diversidade de estilos de aprendizagem para proporcionar um ensino de qualidade.
Quer entender melhor como funciona o nosso processo de ensino e aprendizagem? Acesse o FAQ do Método Kumon e tire todas as suas dúvidas!
Explore nosso blog e confira outros conteúdos relacionados!